Sandra Carolina Chacón Bernal

Faculdade de Arquitetura da Universidade Nacional da Colômbia. Sede Medellín

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Um olhar antirracista sobre o acervo do museu. A exposição: A família negra de Rodrigo Barrientos

Este artigo apresenta o caso de uma ação antirracista baseada na exposição La consentida es: La familia negra, com curadoria coletiva da artista Liliana Angulo e membros de diversas organizações do movimento social afro de Medellín (Colômbia) no Museu de Antioquia durante 2019. O texto localiza a colonialidade e o racismo estrutural como violência que se estende nas instituições culturais do país e aumenta a complexidade da intenção descolonizadora do museu, num momento em que que a dissidência é utilizada como um bem de troca para encobrir o regime colonial que ainda representa. Com a intenção de problematizar a entrada de práticas antirracistas e decoloniais no museu de arte, este texto faz um exercício analítico e crítico sobre o processo e resultado dessa curadoria coletiva. A exposição procurou ser um exercício de justiça epistêmica, questionando quem tem o poder de interpretar e questionar os acervos museológicos, e de reparação histórica, ao investigar o artista afrodescendente Rodrigo Barrientos, realizando assim uma intervenção antirracista na história da arte hegemônica local. Embora a proposta fosse coletiva, foi liderada pela artista, gestora e ativista afro-colombiana Liliana Angulo, que trabalha colaborativamente em processos de reparação histórica e resistência social afrodescendente na Colômbia através de projetos que questionam as representações do afro em coleções históricas, tanto de natureza artística como documental a nível nacional e internacional.

Palavras-chave Curadoria; colonialidade; anti-racismo; museus.

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